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A cozinha da Alice # 29 – 1+1 fazem 2!

Acho que já falei infinitas vezes, mas vou repetir a história: tenho gêmeos, Caio e Theo. Fizeram 2 aninhos esses dias. São os bebês mais lindos do mundo, hoje…rs… Quando eles nasceram tinham o tamanho de um sapato 37. Eram minúsculos prematuros. E mesmo nesse pouco espaço físico, lutaram como bravos guerreiros. Eu, enquanto os via dormir, chorava de alegria e medo. Ficava fazendo carinho revesado por uma janela da incubadora, eram 15 minutos pro Cacá, 15 pro Teté.  Depois de um mês vieram pra casa. Comeram, dormiram, sorriam com o canto da boca enquanto sonhavam. Cresceram. Crescemos. Viramos uma inteira e enorme família. Daquelas que a gente sonha desde muito tempo e nem sabe se um dia vai acontecer, com pipa, gato, cachorro e hortinha. Agora a gente não sabe o que é silêncio, graças a Deus. A casa está sempre cheia. Tem os primos, os tios, a vó Nane, Seu Beto, Maulício, vóvéti, o tio Macéu e tia Calóu. 
A casa tem cheiro de bolo e biscoito como eu sempre sonhei. Eles esparramam giz e comida pela casa toda.
A felicidade, os gritos, os tombos entraram como enxurrada na vida da gente, sem nenhuma delicadeza. Todo aniversário eu comemoro como se o Brasil tivesse ganhado a Copa. Comemoramos todos.

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A cozinha da Alice # 28 Torta folhada de Nutella e maças

Esse é um mês cheio de aquarianos a quem quero todo o bem do mundo.
Foi aniversário da minha conhatita, aquela moça linda que aparece por aqui de vez em quando.
Quis fazer uma espécie de torta de massa folhada, com recheio de nuvem com arco-íris, cheiro de flores, amor cavalar galopante, trevo de quatro folhas e Nutella. Uma coisa bem do jeito que ela merece. Mas só achei a Nutella e a massa folhada. Então fiz assim:

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A cozinha da Alice # 27 – Gastropicália

Eu ia começar dizendo que esses dias fiz um jantar que me deixou muito feliz. Que conheci pessoas incríveis. Daí me lembrei que todas as postagens anteriores começaram assim. Cada dia que passa me dou conta de quão abençoado é esse meu trabalho. Cada evento é de fato único, uma experiência que harmoniza sabores a assuntos, que por sua vez se unem a abraços. As novas pessoas que conheço me mimam mais que eu as tento mimar com as minhas comidinhas. Parece que já somos amigos. Acho que o blog nos fez uma família enorme de pessoas queridas, cheias de curiosidade e amor pela gastronomia, cheia de risadas e boa vontade pra fabricar cada vez mais amigos.
 
Dessa vez foi em Brasília. Amei rever a Stef, conhecer a queridíssima Glau, e suas amigas maravilhosas. Assim como Danielle, Regina e todo mundo! Agradeço também a querida Régia, proprietária do Quintal Bistrô, por nos proporcionar essa noite inefável e por me ensinar tantas receitas igualmente excepcionais.  E a amada Carol, com seu toque mágico faz tudo ficar mais charmoso.
Alegria, alegria!

Então, o jantar.
A inspiração dessa vez foi a música: Tropicália. Assim como foi o movimento tropicalista, a gastronomia, hoje, tem vivido um momento de extrema mistura e criatividade. Amalgamando delícias bem brasileiras a ingredientes e receitas estrangeiras, criando uma ruptura na tradicionalidade, grande miscigenação cultural culinária, permitindo uma liberdade enorme na elaboração dos pratos. Pra mim, o ingrediente principal foi a alegria.

Palitos de parmesão com gergelim preto – receita em breve aqui no Sabor Sonoro
Menu
 
-Drink de abertura – Superbacana
Caipirinha de picolé, geladíssimo picolé servido com quentíssima pinga de engenho.
-Entrada I –  Geleia geral
Gelatina de cachaça e alcaparrona
Palitos de parmesão e gergelim
Pera assada com gorgonzola
-Entrada II –  Panis et circences
Brusqueta com gaspacho e abacate / brusqueta com chutney de tomate e gengibre
-Salada – Objeto semi-identificado
Pra quem gosta de comer  uma salada, cultura, feijoada, lucidez, loucura.
Gaiola de quiabo assado, espuma de pimenta e folhas
-Principal – The three mushrooms com Miserere Nobis
Um risoto especialmente feito To get inside the magic room Of Dionisius’ house
Cevadinha, alho negro e mix de cogumelos comestíveis com um delicioso refogadinho de ora pro nóbis
-Sobremesa – Minha Zabelê
Toda meia noite eu sonho com você
Caipirinha de picolé, na foto melancia e limão
Gelatina de pinga e alcaparrona
Mini pera assada com gorgonzola
Brusquetas, gaspacho e chutney de tomate e gengibre

Brusqueta de gaspacho
6 porções
Ingredientes
– 2 baguetes “de ontem”
– 300g tomatinho uva
– 1 pimentão amarelo pequeno
– 1 suco e raspas de limão
– 1 dente de alho
– 1 colher sopa salsão ralado
– 1 abacate pequeno em fatias finas
– sal e azeite
Preparo
Coloque o pimentão direto na chama do fogão e vá girando para queimar todos os lados. Espere esfriar e retire a pele e as sementes. Corte o pão em fatias de 2 centímetros e leve ao forno alto por 5 minutos. Enquanto isso corte os tomates em 4, o pimentão em cubinhos e adicione todos os outros ingredientes. Retire o pão do forno e coloque uma colherada abundante do gaspacho, uma fatia de abacate e sirva imediatamente.

Salada Objeto semi-identificado
6 porções

Ingredientes

– 1 alface americano
– 1 alface roxo
– 600g quiabo
– 500ml creme de leite fresco
– 2 pimentas dedo de moça sem semente
– 1 pimenta bode sem semente
– sal
– 1 colher (sopa) de vinagre

Preparo

Asse os quiabos inteiros em forno alto até que fiquem levemente queimadinhos. Reserve. Corte as folhas de alface bem fininhas. Bata no liquidificador as pimentas, sal, vinagre e creme de leite fresco. Se tiver um sifão culinário, coloque essa mistura nele, se não, bata a mistura na batedeira até formar uma espuma parecida com as de clara em neve. Faça um “ninho” no fundo do prato usando o alface picadinho. Por cima, monte os quiabos colocando camadas de dois em dois como o símbolo “#”. Por cima de tudo coloque uma boa colherada e espuma de pimenta. Sirva imediatamente.

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A cozinha da Alice #26 – Uma noite rosa!

 

Não é todo dia que podemos cozinhar numa super cozinha, daquelas bem cheias de gente boa. Essa noite foi muito divertida! Fizemos um jantar para o pessoal da revista Greta Cauê, além dos donos da casa, que pelo visto são cozinheiros de mão cheia! Ou melhor, não sei bem…vamos ter que voltar pra conferir, viu Suzy e Adriano!

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Salada com Queijo coalho, mel e folhas

Salada com queijo coalho – uma receita tão simples que fico sem graça de publicar por achar que elas são mais uma dica de combinação de ingredientes do que de fato uma receita. Mas se ficou bom porque não compartilhar, não é mesmo?

O queijo coalho para mim foi muito tempo apenas uma deliciosa opção para churrasco, mas ultimamente ando usando com alguma frequência em outras receitas e preparando de outras formas. Esta salada é um bom exemplo.

Vi a foto desta entrada/salada no site yasminebahiense.com.br . 
Além de gostar da apresentação adoro a combinação de queijo e mel, não tinha como dar errado.

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A cozinha da Alice #25 – comida para meditar

 
    
 
 
Um dia acordei do avesso, sentindo uma coisa ruim que não sei o nome e uma vontade verdadeiramente desesperada de não sei o que. Logo em seguida uma pessoa querida me convida pra cozinhar em um Zazenkai, um curto retiro zen budista voltado pra prática da meditação. Aceitei imediatamente já toda, toda, bem toda feliz. Ufa! 
Fiquei esperando o dia chegar como se espera o dia do Natal. Pesquisei, rabisquei, desenhei algumas receitas com borboletinhas no lugar dos pingos dos “is”. Feliz!
Alguns dias depois, chegaram os monges e… me apaixonei. Claro, na hora fiquei sem saber se fazia reverência ou se saia correndo e abraçava, quinem criança feliz faz. Fiz as duas coisas. Depois descobri que monge não se abraça, mas esses dois eram como se fossem de uma família que já tive e que fazia muito tempo que não nos encontrávamos (acho que to perdoada). Então descobri que monge também gosta de cerveja artesanal com pizza de abobrinha.
No dia do grande dia, chegamos ao lugar paradisíaco do retiro, onde o verde entrava na casa e a casa tinha barulho de cachoeira. Cozinhei no meio do verde, com cheiro de flores e na cozinha eu tinha duas ou três ajudantes que mais pareciam anjos, e outros tantos bem ao lado meditando. Deu vontade de fechar os olhos e deixar a mão fazer tudo sozinha, mergulhar naquele silêncio feliz típico das coisas de verdade. E no meu mundo de Alice, viajei de olhos fechados vendo toda aquela comida virando felicidade.
 
Sei que escrevi “feliz” muitas vezes. Mas não pude me conter.
 
Bom, se você quer fazer comida para meditar, aqui vão algumas dicas e receitas: que seja tudo leve, de fácil digestão e antifermentativo. Sucos verdes caem muito bem. Brotos. Germinados. Não se usa alho e cebola, nem nada que vá fazer você ficar ”lembrando” depois. Tudo vegetariano. 
 
Então começamos o café da manhã com chá, café e suco.  Coalhada seca com sal de ervas, frutas na casquinha, biscoito de polvilho e geleia de abacaxi com hortelã.
 
No almoço, tivemos um delicioso caldo de cabotiá com maça e gengibre, enfeitado com taioba refogada quiabo assado com pimenta biquinho, arroz integral com quirela e cenoura, salada da horta e esse quibe de berinjela. Sobremesa foi melancia com tomilho e batida de café com banana.
 
Foto Jane Côbo
Foto Jane Côbo
Caldo de cabotiá, maçã e gengibre
 
6 porções
 
Ingredientes
 
– 1/4 de abóbora cabotiá
– 4 maçãs 
-1 gengibre
– sal, azeite e pimenta do reino
– taioba ou couve
 
Preparo
Se preferir um caldo mais fino e delicado, descasque as maças e a abóbora antes de cozinhar, neste eu deixei as cascas, que são muito ricas nutricionalmente, mas dão um aspecto mais “rustico”. Descasque o gengibre e pique em pedaços pequenos, doure no azeite e adicione as maçãs e a abobora picados em pedaços. Deixe dourar um pouco e adicione 2,5 litros de água, sal, pimenta do reino e deixe cozinhar. Quando estiver tudo bem macio, desligue e bata no liquidificador ou mixer. Pode ser servida quente ou fria.
Corte a taioba (ou couve) bem fininha e refogue com manteiga e sal. Faça um “ninho” enrolando o garfo, e coloque por cima do caldo.  
Foto Jane Côbo


Quiabo assado com pimenta biquinho
6 pessoas

ingredientes
– 400 g quiabo
– 80 g pimenta biquinho
– sal e azeite

Preparo:
Lave e seque o quiabo e a pimenta. Coloque em uma assadeira com azeite e sal. Leve ao forno 200º até dourar. Misture a cada 10 minutos pra dourar por igual.

Melancia com tomilho – Foto Jane Côbo

Foi um dia espetacular que ficou no meu coração. Quem quiser conhecer essas pessoas adoráveis, entre no site do Via Zen.
E pra acompanhar… A Paz –  João Donato & Gilberto Gil

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Salada de abacate, folhas, manga e nozes

A rede social que anda tomando parte do meu tempo disponível é o Pinterest. Resumindo para quem não conhece, segundo a descrição do Wikipedia: “…é uma rede social de compartilhamento de fotos. Assemelha-se a um quadro de inspirações, onde os usuários podem compartilhar e gerenciar imagens temáticas, como de jogos, de hobbies, de roupas, de perfumes, etc”
Eu uso o meu para guardar imagens de lugares que gostaria de conhecer, casas que gostaria de ter e pratos que gostaria de fazer…rs

Mas estou comentando sobre porque ultimamente ando me inspirando muito nas imagens que encontro por lá, essa salada é uma delas. Além de linda e super colorida a combinação me agradou à primeira vista.

Sobre os ingredientes, quero fazer um comentário sobre o abacate, esse ingrediente ainda mal aproveitado. Crescemos usando essa fruta na vitamina e não lembro de ter experimentado nada salgado com ele até experimentar guacamole, já adulto em algum restaurante mexicano. 
Interessante é perceber que em muitos países, talvez na maioria, as receitas com abacate em saladas, patês, entradas sejam mais comuns.
Se você ainda não experimentou, deixe o preconceito de lado e faça essa saladinha já! 

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A cozinha da Alice # 23 – Receitas, abraços e presentes

Gente, não dá pra traduzir em palavras, mas vou tentar explicar. Sabe aquele fim de semana que merece um porta retrato na sala? Então. Foi assim. Marcel e eu, junto aos nossos amores, fomos ao Primeiro Encontro Gourmet em São Paulo, onde conhecemos tanta gente tão amável… Mas vou fazer um pouco de suspense, e deixar esse assunto para o próximo capítulo. Aprendi muitas receitas e técnicas novas. Até aquelas tendências da cozinha contemporânea e molecular que a gente mistura um pozinho em um liquidinho e faz comida mágica que derrete na boca. Nos esbaldamos em restaurantes deliciosos e bem posicionados no ranking  de chefs brasileiros, e nos presenteamos com banquetes como os que a gente vê nos filmes do antigo império romano, de fazer a gente voltar pra casa rolando, rindo e falando “putz, exagerei!”.
Foram muitos presentes, daqueles que nos fazem sentir imensa alegria de viver. O primeiro deles foi esse vídeo lindo que ganhei da Lara e do João, que estiveram nesse Brunch e fizeram essa poesia em forma de filme:

“>A cozinha da Alice from 00″>Canção de amor filmes on Vimeo.

Agradeço a todos que compartilham comigo essas aventuras gastronômicas. Sou ou não sortuda por ser rodeada por gente tão talentosa?! Obrigada de coração pelos queridos da Canção de amor que me emocionaram tanto com essa lindeza de vídeo!

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A cozinha da Alice # 22 – Brunch ou piquenique dentro de casa

Por aqui quase sempre o calor é exagerado. Na última semana de “inverno” vivemos intensos 36°. Em todos os cantos, esquinas e casas, os diálogos sempre começam assim: “Nada de chuva, heim? Quando será que vem a chuva? Ah, pena que ainda demora a chuva.”
Um belo dia acordamos com cheiro de beterraba e…. de repente… acho que… tá  chovendo!!!! Sorrisos, bom humor, bolinho de chuva. E, então, dois ou três dias seguidos os diálogos começam alegremente com: “Até que enfim a chuva! Como é bom ter chuva!”
Só não pode durar mais que 4 dias, porque senão ninguém mais sai de casa e todos os diálogos viram: “que meleca de chuva que não para!…”

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